Imagine a maior companhia aérea de um país operando com sistemas desatualizados, senhas antigas e falhas básicas de segurança. Agora imagine os danos quando essa negligência vira alvo de um ataque cibernético. Foi exatamente isso que aconteceu com a Aeroflot, principal empresa aérea da Rússia.
Recentemente, um grupo hacker revelou ter invadido a rede corporativa da Aeroflot, destruído milhares de servidores e estações de trabalho e extraído dezenas de terabytes de informações confidenciais. A falha? Sistemas ultrapassados como Windows XP e servidores rodando Windows 2003, somados a práticas de segurança completamente negligenciadas como o CEO que, segundo os atacantes, não altera sua senha há mais de três anos.
Mais do que uma falha tecnológica, o episódio escancara uma falha cultural. E aqui está o ponto principal: não existe firewall, antivírus ou criptografia que segure uma organização que negligencia o fator humano.
Tecnologia sem cultura é um castelo de cartas
A Aeroflot tinha infraestrutura crítica comprometida, dados apagados ou roubados, voos cancelados e uma reputação seriamente abalada. Os hackers, inclusive, afirmaram ter ficado "meses" dentro da rede antes de iniciar a destruição um indicativo claro de que os sistemas de monitoramento e resposta também eram frágeis ou inexistentes.
Mas por que isso aconteceu? Porque, mesmo em 2025, ainda há empresas que não investem em programas de conscientização de segurança da informação. Ainda há executivos que subestimam o poder de uma senha forte ou ignoram alertas sobre atualizações críticas de sistema.
O erro está na base
A lição que fica do caso Aeroflot não é apenas para grandes companhias aéreas ou governos. Ela vale para qualquer organização que lida com dados digitais — ou seja, todas. Se os líderes não adotarem uma postura ativa em relação à segurança, é questão de tempo até que um ataque encontre a brecha.
Pessoas desinformadas clicam em links maliciosos.
Sistemas desatualizados viram portas abertas para invasores.
E senhas antigas, por mais fortes que sejam, tornam-se obviedades para quem monitora uma rede por meses.
Conscientizar é proteger
Programas de conscientização não são um luxo são parte essencial da defesa cibernética moderna. Microtreinamentos, simulações de phishing, alertas constantes e a criação de uma cultura de segurança entre todos os colaboradores, do estagiário ao presidente da empresa, fazem toda a diferença.
Se a sua organização ainda acredita que cibersegurança é coisa do pessoal de TI, você pode estar no mesmo caminho da Aeroflot só que ainda não sabe.
A boa notícia? Nunca é tarde para começar.
Compartilhar