A recente aprovação da Lei nº 14.811, de 12 de janeiro de 2024, representa um marco significativo na proteção de crianças e adolescentes contra a violência nos estabelecimentos educacionais ou similares. No entanto, é crucial entender que a segurança cibernética também desempenha um papel fundamental na salvaguarda dos jovens, especialmente diante das ameaças como o crime de sextortion.
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Lei nº 14.811 vem ao encontro da necessidade de fortalecer as defesas contra esse tipo de crime virtual, alinhando-se à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que busca assegurar a privacidade e integridade das informações pessoais.
O crime cibernético de sextortion, no qual indivíduos utilizam informações pessoais sensíveis para extorquir vítimas, muitas vezes envolvendo menores, destaca a urgência de abordagens integradas. A nova lei, ao contemplar medidas de proteção em ambientes educacionais, deve ser complementada por ações específicas no âmbito digital.
Instituições de ensino, juntamente com pais e responsáveis, desempenham papéis cruciais na prevenção e combate a esse tipo de violência.
Para responsáveis pelos estabelecimentos de ensino, é imperativo adotar medidas de segurança cibernética, como educar professores, alunos e equipe administrativa sobre os riscos online, implementar firewalls e sistemas de detecção de ameaças.
Além disso, é essencial estabelecer políticas claras de uso da tecnologia, promovendo ambientes virtuais seguros.
Os pais, por sua vez, devem participar ativamente na educação digital de seus filhos. Incentivar a comunicação aberta sobre experiências online, orientar sobre os perigos do sextortion e do bullying virtual, e monitorar o uso de dispositivos são medidas cruciais.
Utilizar ferramentas de controle parental e estar atento às mudanças comportamentais dos filhos também são estratégias valiosas.
Em resumo, a nova lei representa um avanço no combate à violência nos ambientes educacionais, mas a proteção efetiva exige uma abordagem holística, integrando as preocupações cibernéticas.
A prevenção do sextortion e do bullying digital depende da colaboração entre escolas, responsáveis e pais, trabalhando juntos para criar um ambiente seguro e responsável para as crianças e adolescentes.
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